O FC Porto e a Maiêutica, entidade instituidora da Universidade da Maia (UMaia) e do Instituto Politécnico da Maia (IPMaia), celebraram um protocolo, que foi esta terça-feira apresentado, para o desenvolvimento de uma academia de formação desportiva e universitária, encarada como um “laboratório aberto”, através da integração de estudantes de licenciatura e mestrado da Universidade da Maia e IPMaia e na exploração de projetos de investigação científicos e tecnológicos. 

Esta parceria, de âmbito alargado, alastra-se a várias áreas. Desde logo a Dragon Force. Para ajudar a formar mais de 500 crianças e jovens entre os 3 os 18 anos na modalidade de futebol, será criada a Academia de Futebol Dragon Force nas instalações desportivas da Universidade da Maia. Serão, também, formadas equipas que irão competir na Associação de Futebol do Porto pela Dragon Force UMaia. Ainda neste campo, a nova Academia vai organizar já um Caça-Talentos de 1 a 4 de setembro, destinado a crianças dos 6 aos 13 anos.

Outra valência deste protocolo passa por permitir estágios para alunos da UMaia e IPMAIA. Serão mais de 40 a cada ano, em áreas tão variadas como o Desporto, Psicologia, Informática e Multimédia, Gestão de Marketing ou Comunicação e Empresas. 

O FC Porto Football Sciences Institute, que este ano recebeu mais de 1500 candidaturas, vai, também em conjunto com a Universidade, organizar ações de formação, pós-graduações e congressos no âmbito do futebol e das ciências que o envolvem.   

Por fim, conscientes da importância que a investigação tem tido no Desporto e em particular no Futebol, as duas Instituições irão colaborar no sentido de desenvolverem projetos de investigação científica e tecnológica.

Jorge Nuno Pinto da Costa
“É um momento importante, este ato que acabámos de consumar com as nossas assinaturas. É uma parceria que certamente será de sucesso e por muitos anos. Temos sempre a preocupação de nos ligarmos aos melhores, e a Universidade da Maia, como a maior Universidade privada do Norte do país e a segunda de Portugal, dá-nos garantias evidentes para formação dos nossos meninos e dos nossos jovens, não só em termos desportivos como em termos de preparação para a vida de homens que venham a ser integrados na sociedade com toda a dignidade. Queria, por isso, agradecer a vossa anuência à nossa participação, dizer-vos que estamos muito felizes por isso e, em nome de todas as crianças e jovens que vão beneficiar deste protocolo que hoje firmamos, um muito obrigado a todos.”

Domingos Oliveira Silva, Presidente do Conselho de Administração da Maiêutica
“Esta é uma parceria estratégica. As instituições de ensino superior, particularmente as universidades, são avaliadas pelas ações e pela inter-relação com as forças vivas da sociedade envolvente. O FC Porto, sendo uma instituição de caráter desportivo que envolve atividades associadas de todas as especialidades, é, naturalmente, mais do que um parceiro na formação dos jovens. Essa cooperação vai ser canalizada para que os jovens tenham uma dimensão académica, desportiva e humana. Isto é estratégico e uma prioridade para nós e para o FC Porto. Para além disso, esta pode vir a ser a instituição que mais empregos potencia a treinadores, técnicos de desporto e aos restantes alunos das outras especialidades que lecionamos. Temos 60 cursos em quatro grandes áreas científicas e, naturalmente, há muitos jovens que sonham trabalhar no FC Porto, não só os que são formados em desporto. Isto é estratégico para nós. Estou convencido de que o FC Porto também irá lucrar em muitos aspetos com aquilo que nós podemos proporcionar. Não tenho dúvidas nenhumas de que os jovens gostam do ISMAI porque temos uma situação de privilégio. Encontramo-nos no mais alto nível em conjunto com outras instituições igualmente bem cotadas internacionalmente. Agora que temos mais de 5.000 alunos estamos a preparar condições, não para elevarmos a população escolar, mas para proporcionar a todos que fiquem por cá para além das aulas, que tenham atividades que contribuam para a sua formação profissional e inserção na vida ativa. Por isso mesmo, adquirimos recentemente 18 mil metros quadrados de terreno com escritura feita e já estamos a negociar se podemos obter, ou não, mais terreno e atingir os 20 mil metros quadrados. Podemos obtê-los ou não, mas é tudo pensado tendo em vista melhorar as instalações e garantir a qualidade do ensino, da investigação e da cooperação com o meio envolvente.”